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Alergia ao amendoim

Alergias alimentares vêm se tornando cada vez mais presentes no dia a dia da população. Mas o que você realmente sabe sobre o assunto? A nutri Julia Grassioli nos explicou mais sobre uma alergia em especial: ao

Alergias alimentares vêm se tornando cada vez mais presentes no dia a dia da população. Mas o que você realmente sabe sobre o assunto?
A nutri Julia Grassioli nos explicou mais sobre uma alergia em especial: ao amendoim. Confere o texto! 
O amendoim é uma leguminosa da família Fabaceae natural da América do sul, um alimento rico em gordura e proteína. É utilizado em forma de óleo e muito apreciado como aperitivo torrado, frito, cru, doce ou salgado, e atualmente muito consumido no Brasil como pasta/manteiga de amendoim.
A alergia alimentar vem aumentando nas ultimas décadas, mas ainda não se sabe exatamente a causa desse aumento, mas acredita-se que mudanças no estilo de vida da população e novos hábitos alimentares tenham sido agravantes deste processo. Alguns dados analisados estimam que 6 a 8% das crianças menores de 3 anos são acometidas, e 2 a 4% de adultos. Na população em geral, estes dados são de 2 a 4%, variando conforme idade, localização, etnia e fatores genéticos. Para saber se uma pessoa é alergica ou não, só saberá se provar o alimento ou fazer testes específicos para alergia.

A alergia ao amendoim ocorrre devido a uma reação do sistema imunológico, que pode apresentar reações imediatamente ou até 2h após a ingestão desse alimento. É uma das alergias alimentares mais comuns diagnosticadas. Possui prevalência de 1 em cada 200 crianças. Metade das crianças com alergia ao amendoim podem apresentar sensibilização a nozes, ervilha, feijão, soja e também gergelim, quando comparadas a crianças com alergias a outros alimentos.
Como a alergia ao amendoim, geralmente, é descoberta na infância, crianças com outras alergias como rinite ou sinusite, são mais propensas a ele, há raros casos relatados de alergia em pessoas acima de 20 anos de idade.
A alergia pode se manifestar com pequenas doses do alimento, em doces ou até alimentos contendo traços do amendoim. Crianças com alto risco de alergia ao amendoim, onde já apresentaram alergia ao ovo ou reações alérgicas na pele, a prova deve ser feita no consultório ou no hospital para garantir a sua segurança.

A gravidade dos sintomas depende da quantidade ingerida, a maioria envolve reações na pele como urticária e angiodema, sintomas respiratórios como dispinéia ou tosse, gastrintestinal como diarréia ou vômito, podendo variar até para casos mais graves como anafilaxia (mas este mais raro de acontecer).
A alergia não tem cura, o que pode amenizar os sintomas (se o médico achar necessário) para momentos de crise alérgica é o tratamento com medicamento que pode ser feito com anti-histamínicos (oral ou tópico). Pode ser que por algum período, evitar o alimento é a melhor solução. O momento certo para indroduzir o alimento ou não vai variar de paciente para paciente e o médico ou o nutricionista irá orientá-lo no quando chegar o momento. Por exemplo, em bebês ou crianças onde o trato gastrointestinal é imaturo, talvez seja necessário esperar mais algum tempo até o intestino ficar mais maduro para reintroduzir o alimento.
É importante estar atento aos rótulos dos produtos para não ingeri-los mascarados em alguma preparação, principalmente as industrializadas. Quando comer fora, por exemplo em restaurantes é importante identificar os alimentos das preparações para evitar as surpresas. É possível também a contaminação cruzada, ou seja, a contaminação por utensílio utilizado no preparo anterior com amendoim e posteriormente utilizado para preparar o seu alimento, por isso muito cuidado, mesmo com produtos que não contenham amendoim.
Para pacientes alérgicos, é importante que saibam as medidas a serem adotadas se houver ingestão acidental.
*texto escrito pela nutricionista Julia Grassioli
 
 
Fontes:
– Manual: alergia alimentar / Alessandra Ribeiro Ventura Oliveira… [et al.]; Capa Caroline Menezes Dourado – Brasília, DF: Liga acadêmica de Alergia e Imunopatologia; UCB, 2017.
– Alessandra Ribeiro Ventura Oliveira… [ et al.]; Alergia alimentar: prevalência através e estudos epidemiológicos; rev. Ciências da saúde nova esperança, vol. 16, núm 1, 2018.
– Lucila Camargo Lopes de Oliveira, Dirceu Solé. Alergia ao amendoim: revisão.  Rev. bras. alerg. imunopatol. – Vol. 35. N° 1, 2012

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